Cristiano Couto/Hoje em Dia Fila começou a se formar às 6h30O lançamento do iPad 2 da Apple no Brasil aconteceu nesta sexta-feira (27), pouco mais de dois meses após o início das vendas nos Estados Unidos. Em Belo Horizonte, aficionados pela marca fizeram fila nas portas das duas autorizadas da Apple, no BH Shopping e no Diamond Mall.
Por volta das 6h30 já havia gente em frente à iPlace do Diamond Mall. E a loja só abre às 10h. O advogado Lourival Luiz Silveira quis garantir a novidade recém-lançada no país. Ele vai utilizar o aparelho no trabalho e em casa, para os momentos de descanso e descontração.– O iPad é versátil: me permite armazenar arquivos de trabalho, músicas e aplicativos de diversão em um único aparelho.
Menos de uma hora depois do início das vendas, alguns modelos do iPad 2 já estavam esgotados na unidade. Para organizar o atendimento, apenas seis pessoas podiam entrar por vez, uma para cada vendedor. A gerência da unidade não revelou quantas peças foram colocadas à venda.
Já a administração da iPlace do BH Shopping divulgou os números: foram disponibilizadas 60 tablets para o lançamento. Em uma hora e meia de vendas, restavam apenas 20 no estoque. Segundo a gerente, Graziele Mansur, o perfil dos consumidores é majoritariamente de executivos.
Previsões de consultorias e institutos como o Gartner são de que o mercado de tablets chegue a 70 milhões de unidades vendidas até o final deste ano, contra 17,6 milhões, em 2010. Até 2014, os tablets deverão ocupar pelo menos 10% do mercado mundial de computadores.
Segundo o consultor de tecnologia e professor de comunicação social da faculdade Promove, Alan Alencar, os tablets viraram febre mundial porque conseguem uma mobilidade que até então era atingida somente com os notebooks.
– E a nova versão a Apple tem um processador mais avançado, é mais leve e confere um desempenho até nove vezes maior do que o modelo anterior.
Nesse segmento do mercado tecnológico, a Apple vai, gradualmente, dividir espaço com os concorrentes. Porém sua participação, em 2015, ainda vai ser de 47% do mercado mundial. O Google, com seu sistema operacional Android, terá 39% no mesmo período.
Vale lembrar que o Android, por enquanto, é a única solução para os fabricantes que não têm sistemas operacionais próprios.A Samsung Eletronics, que já vende o Galaxy Tab no Brasil, é a que mais ameaça a hegemonia da Apple. Sua versão de 32GB custa aproximadamente R$ 1.600.
Já o Playbook da RIM (Blackbarry) deve ocupar a terceira posição neste ano, com 5,6% das vendas e será lançado no Brasil no próximo mês. Para completar a lista dos concorrentes do iPad 2, há o Xoom, fabricado pela Motorola, cuja versão de 32 GB custa cerca de R$ 1.899.
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Crux Loaded se conecta ao iPad 2 por Bluetooth
A grande questão é: como a Apple vai inovar com o iCloud? Como aconteceu com o iPod, iPhone e iPad, em suas áreas, o conceito de armazenar música na internet prometido pelo iCloud não é novo. A rival Amazon, por exemplo, oferece o Amazon Cloud Drive. O anúncio oficial terá a presença de Jobs. Afastado do trabalho desde janeiro por motivos de saúde, esta será apenas sua segunda aparição pública neste ano. A primeira aconteceu em março, quando do lançamento do iPad 2. A presença de Jobs, além de ser uma oportunidade para saber se o executivo está se recuperando de seus problemas de saúde, aumenta as especulações para algo “revolucionário”. Por enquanto, pouco se sabe sobre o serviço, além do básico. De acordo com o diário The Wall Street Journal, a Apple, maior vendedora de música do mundo por meio da sua loja virtual iTunes Stores, lançada em 2003, teria fechado acordos milionários com a Warner Music Group, Sony Music Entertainment e EMI Group, três das quatro grandes gravadoras do mundo. Falta apenas a Universal Music, mas as negociações estariam avançadas. 
O anúncio também é considerado como mais uma grande oportunidade de gerar receitas para o combalido setor fonográfico. Nos EUA, o maior mercado do setor, o faturamento das gravadoras desabou de US$ 14,6 bilhões para US$ 6,3 bilhões, em dez anos. Sozinha, a loja online da Apple responde por mais de 25% desse total. Durante anos, as gravadoras tentaram criar um rival para o serviço da Apple. Era uma forma de tentar reduzir o poder da marca da maçã no setor de música digital. Agora, mais uma vez, suas esperanças de mais receitas parecem estar nas mãos de Jobs.Paradoxalmente, a Apple não ganha dinheiro com a venda de música digital pela sua loja online. “Cerca de 70% do que a Apple arrecada com música online vai para as gravadoras”, afirmou à DINHEIRO Gerd Leonhard, autor de livros sobre o futuro da música na era digital. “O restante é gasto mantendo o serviço. Seu lucro vem da venda de hardware, como o iPod”. Desde 2001, a Apple já vendeu 300 milhões de iPods. Pela iTunes Music Store já foram baixadas 15 bilhões de canções. Agora, com o iCloud espera-se que o toque mágico de Jobs reinvente a forma de armazenar e ouvir músicas pela web. Menos que isso, será um grande fracasso.
Battlefield: Bad Company 2 para iPad
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